Entre 2015 e 2017 trabalhei no Terreyro Coreogràfico, à convite de Daniel Kairoz.

Terreyro Coreográfico deu nome a uma encruzilhada que confluiu coreógrafos, arquitetos, urbanistas, dançarinos, atores, músicos, filósofos e poetas - em coro - na direção de pensar, em ato, o Público em suas várias dimensões. Juntos trabalhamos a arquitetura e o espaço urbano a partir do pensamento coreográfico, no intuito de tornar Público o que é Público. Acordar em terrenos, lotes abstratos de terra, sua força de ser Terreyro, espaço consagrado à vida pública, tornando manifesto seus processos históricos, míticos e poéticos.

Trabalhamos desde 2014 em Sampã, principalmente no bairro do Bixiga e intensamente nos baixios do Viaduto Júlio de Mesquita Filho. Em escuta ao espírito do lugar, habitamos e cultivamos o espaço público com celebrações, danças, ágoras, construções, limpezas, cursos, seminários, cor(e)ografias, mostras cinematográficas, grupos de leitura, plantios, etc.

Nosso gesto arquitetônico-coreográfico, no baixio do viaduto, ao mesmo tempo devora e abre caminho para o projeto urbano Anhangabaú da Feliz Cidade, nascido dos primeiros croquis de Lina Bo Bardi e Edson Elito com a companhia Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, para devolver às terras do Bixiga seu destino público, popular, cultural e insurgente.

Tivemos financiamento da 16ª e 20ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, além de parcerias com o GOETHE Institut, Canteiro Aberto da Vila Itororó, Casa do Povo, SubPrefeitura da Sé, Oficina Cultural Oswald de Andrade, Praça das Artes, Sé Galeria/ Phosphorus, ECLA, Escola da Cidade e Kalipety (Aldeia Guarani).

O Teat(r)o Oficina é Uzyna-Barracão-Terreyro-Matriz que nos deu força e inspiração na realização dos trabalhos.
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